Vender mais no mundo novo, não está sendo tarefa fácil para muita gente!! Falar em fidelizar a marca então, nossa!! e ainda manter funcionários tranquilos que tudo vai passar? Conta outra.
Eh dali pressão sobre os dirigentes das concessionárias, redes de lojas do varejo em geral, franquias e franqueados, e por ai vai o dilema de muitos, que estão enfrentando restrição para abrir os estabelecimentos, e pior fingir que estamos voltando ao normal sustentavelmente, balela, a corda pode ruir a qualquer momento.
Estes personagens quase que invisíveis estão se perguntando: como vou fazer para sair deste fundo do poço que esta pandemia nos levou?
Referindo-se aqui as barreiras imensas que se formaram entre os produtos e serviços e a clientela, e quase sempre acham uma resposta certa, parecendo muito obvio, a internet é a razão de tudo, será? É a escada para tiramos da foça que sinto já tomar o calcanhar? As meias já estão ensopadas.
Como popularmente dizem: “quem tem uma só solução, não tem nenhuma” . O que é certo e visível, que esta pandemia privilegiou os dotados de coragem em tentar caminhos diferentes, que conseguiram rir de sí mesmo, ou até chorar de sí mesmo, para ficar mais adequado. Aqueles que em março por exemplo, parou e fez a sua previsão de retorno mais longa do que anunciada e rapidamente, procurou parceiros, clientes e fornecedores, levantaram a cabeça e bora buscar alternativas.
Mas só um parêntese, no ano passado em visitas a algumas concessionárias de veículos de uma marca de grande porte em São Paulo e Rio de Janeiro dizia: Já estamos a todo vapor com vendas pela internet, mas mesmo assim é insuficiente, ainda temos muito para evoluir com a cabeça da nossa frente de vendas de carros e de serviços, pois seja lá por qual canal que o cliente acesse, ele quer ser atendido como nunca foi antes, cada vez mais exigente.
Pois é, ele estava certo e neste ano isto ficou mais evidente, iniciamos 2020 com as palavras soando a todo canto, é um ano de disrupção e resiliência, e estas soluções tecnológicas são fundamentais, mas não resolvem tudo.
Mas, mesmo aqueles mais antenados não previam uma tempestade duradouras como esta, , porém criar um platô para se abrigar, secar as canelas, enquanto a escada seja construída para pular fora deste buraco inundado, faz muito sentido.
Eu tenho um amigo que compartilho alguns dos meus medos e indagações e em algum momento nesta semana falamos “eh dá vontade de sentar e chorar” no mesmo momento concordamos que não vai adiantar, ninguém aparece com a varinha mágica, te consola e dá uma soluçãozinha para você não chorar mais, pelo contrário, é capaz de afastarmos as pessoas mais próximas e os próprios clientes, ninguém que gente negativa e paralisada pelo medo.
O negócio é botar esta máquina incrível chamada de cérebro, junto com a sensibilidade necessária para intuir e criar saídas.
Fica evidente que velhos investimentos em horas de treinamento para o seu pessoal, ou mesmo investimentos pontuais, como o coaching apenas para o executivo ou a gerencia, e por favor, não digo que não devemos tentar, mas, precisamos integrar de uma vez por todas os recursos humanos aos clientes, investir em processos de desenvolvimento que abranja a organização como um todo, convergir a experiencia do cliente (CX) a experiencia do funcionário (EX), conectar as pontas, de forma que seja encarado e compreendido as forças e fraquezas do negócio, da marca, do estabelecimento, só assim se faz “sucesso”, pesquisar sempre, ter parâmetro de mercado confiáveis, medir, medir e tomar ações imediatas, monitorar de novo, ouvir os funcionários, ouvir os clientes e novas ações a tomar surgem.
Nunca acaba, mas é bom imaginar que estamos no controle, até mesmo nas epidemias, não vamos nos abalar facilmente, pois conheceremos bem nossa tropa, nossos líderes, nossos afazeres.
Assim poderemos dizer que temos um time rumando para o mesmo lado, tão simples, tão obvio e tão negligenciado.
Airton Camargo
É Psicólogo & Coach, formador de Líderes Executivos da
Coaching & Education